Quer conhecer um pouco mais da história e cultura desse Brasilzão? Neste post abordaremos 5 destinos no Brasil não tão conhecidos da maioria e que trazem não só a história e aspectos da cultura do nosso povo, mas, também, a história do nosso planeta. Desde o fóssil da flor mais antiga do Brasil e uma das mais antigas do mundo, passando pela chegada dos portugueses, Brasil Império, até acontecimentos do último século.
Se for um dos felizardos ou felizardas que já conhece algum deles, comenta lá embaixo o que não pode faltar nessa viagem 😉
Então vamos começar!
Chapada do Araripe
Essa é certamente uma das chapadas menos conhecidas do brasileiro e esconde inúmeros tesouros que nenhum outro lugar trás. Localizada entre os estados do Ceará, Pernambuco e do Piauí, Araripe é cheia de mistérios e descobertas. A região da chapada abrabnge alguns destinos e é muito rica em cultura e história do Brasil, mesclando sítios paleontológicos com histórias bem mais atuais. Ao todo, são 9 sítios geológicos e paleontológicos, todos integrados ao Geopark Araripe. Como, por exemplo, o Geossítio Floresta Petrificada do Cariri, e o Geossítio Parque dos Pterossauros, e, sim, é possível visitar cada geossítio, e conhecer mais da paleontologia brasileira e da história do nosso planeta. Além disso a região é o berço do fóssil da flor mais antiga do Brasil.
Foto: Nadim Maluf – MTUR
Além de toda essa riqueza, a região é ainda o berço de 2 figuras muito conhecidas de nós brasileiros. O primeiro é o padre Cícero também chamado carinhosamente de Padim Ciço. Nascido em Crato, ficou muito conhecido pela sua história em Juazeiro. O Geossítio da Colina do Horto é dedicado ao padre e conta com uma enorme estátua com 27 metros de altura em sua homenagem. O Museu Vivo do Padre Cícero, a Igreja do Senhor Bom Jesus do Horto e a trilha de acesso ao Santo Sepulcro, local onde está enterrado um dos beatos do Padre Cícero, também estão nesse Geossítio.
Fotos: Nadim Maluf – MTUR
A segunda personalidade famosa é Luiz Gonzaga, o rei do baião! Nascido em Exu, na região da Chapada, o local abriga o Museu Gonzagão que é o maior acervo de peças originais do músico. Também vale dar uma passadinha por lá!
Ou seja, esse destino é completo para quem gosta de muita história e cultura e tem muitos outros atrativos (inclusive naturais) para se conhecer!
Quando ir: O período das chuvas entre março e abril são os melhores para aproveitar as cachoeiras mais cheias. Mas se quiser mais cultura e história, o ano todo é ótimo!
Onde fica: o aeroporto mais próximo é o de Juazeiro do Norte, cidade que é também a principal base para conhecer a região.
A Chapada do Araripe é repleta de encantos e surpresas, então que tal começar a planejar sua experiência para lá com o Instaviagem?
Diamantina – Minas Gerais
Reconhecida pela Unesco como Patrimônio Histórico e Cultural Mundial, Diamantina é daqueles destinos que agradam a vários tipos de viajantes, com uma rica história do nosso Brasil, cultura e belezas naturais. A cidade já encanta de primeira com a bela arquitetura da época colonial portuguesa. Suas ruas de pedras, casarões coloniais e igrejas fazem viajar no tempo, dando a sensação de se estar em um filme de época. E se tiver um deja-vú quando estiver por lá, não se preocupe, não é uma falha na matrix é apenas alguma memória do que já viu na telinha ou na telona, várias produções usaram Diamantina como cenário.
Fotos: Gabriel Resende / Acervo Secult – MG e @visiteminasgerais
O nome da cidade não foi dado por acaso, antes chamada de Arraial do Tijuco, foi mudado para Diamantina depois que começaram a explorar diamantes na região. Esse período de muita exploração, infelizmente, não só do local mas, também, de escravos vindos da África traz a nossa primeira figura histórica da cidade. A famosa Chica da Silva, escrava alforriada que teve relação com um dos homens mais ricos do Brasil à época.
Falando em personalidades históricas, talvez, a pessoa mais famosa de Diamantina seja Juscelino Kubitschek, nascido na cidade no ano de 1902. Hoje, a casa onde Juscelino viveu na infância, funciona como um museu e conta com acervo de sua história e do Brasil.
Fotos: Gabriel Resende / Acervo Secult – MG e @visiteminasgerais
Que tal curtir toda essa história com um bom banho de cachoeira? Ao lado da cidade fica o Parque Estadual do Biribiri e trás belas piscinas naturais e quedas d’água. Vale a visita e até mesmo como um incentivo para deixar mais feliz aquele crush que não é tão fã de história e cultura!
Quando ir: entre os meses de abril e outubro, quando há menos chuvas e o clima é mais seco. Se quiser fazer a viagem e aproveitar o parque estadual também, o recomendado é ir pelo começo do período seco.
Onde fica: a cerca de 300km de Belo Horizonte
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Piranhas – Alagoas
Nas margens do rio São Francisco, Piranhas fica no interior do Alagoas e faz divisa com Sergipe. A sua história remete a um período muito controverso entre a romantização e a banalização de um dos grupos mais famosos do nosso país, os cangaceiros. Grupo liderado por Lampião e Maria Bonita teve o seu fim trágico exposto na cidade, além de outros causos durante a existência do bando. Fazendo um crossover entre dois destinos deste post, Lampião também foi até Juazeiro conhecer Padim Ciço. Há muita história que surgiu desse encontro e da relação que surgiu depois. Mas vamos deixar essas histórias para depois e retornar a Piranhas.
Fotos: Marco Ankosqui/MTur e Kaio Fragoso – @turismoalagoas e @sedetur_al
Já que estamos falando de Lampião, uma visita ao Museu do Sertão, também conhecido como Museu do Cangaço, não pode faltar, é claro! Lá ainda há a opção de fazer o passeio da rota do Cangaço feito por catamarã. Uma oportunidade imperdível para saber mais sobre a história de Lampião e seu bando e se deslumbrar com as paisagens do rio São Francisco.
Não dá para deixar de ir até Piranhas e não visitar os cânions do São Francisco e toda a sua beleza. Aproveite, também, e faça um tour pela usina de Xingó e toda a sua importância para a região.
Fotos: Marco Ankosqui/MTur
Por fim, não deixe de andar a deriva pelo centro histórico e ver toda a beleza arquitetônica e charme que a cidade pode proporcionar. É mais um destino que te levará para outra época.
Quando ir: Piranhas pode ser muito quente no verão, chegando a bater os 40º, então recomendamos evitar o verão para não torrar a cabeça.
Onde fica: partindo de Aracaju, Piranhas está a 215km de distância. A partir de Maceió, fica a 267km.
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Goiás Velho – Goiás
Goiás, conhecida como Goiás Velho, é chamada assim por ser a antiga capital do estado de Goiás. É mais um dos destinos aqui no Brasil com ar de período colonial, além de ter sido reconhecida pela Unesco como Patrimônio Histórico e Cultural Mundial. A cidade com suas ruas de pedra e arquitetura colonial tem todo o seu charme espalhado por cada casinha e igreja. A simpática Goiás nos leva a tempos passados que se tornam mais vivos ainda no cair da noite e no acender das luzes amarelas de uma outra época.
Fotos: Werner Zotz/MTur, Pablo Regino/MTur e @goiasturismo
Visitar Goiás Velho e não ir à casa de Cora Coralina é um desperdício de cultura. Uma das maiores poetisas do nosso país é de lá e tem na “casa velha da ponte”, o casarão de sua família tão famoso em seus poemas, um museu encantador por dentro e por fora. Enfim, há muita coisa gostosa para conhecer nesta cidade de outros tempos. Como o Museu das Bandeiras, antiga cadeia e prédio legislativo. Hoje guarda armamentos, roupas, arte sacra, documentos, ferramentas de garimpo e outros objetos históricos. Além disso, há também atrativos e belezas naturais, para quem não abre mão de estar perto da natureza!
Fotos: Flavio Isaac – @goiasturismo
Quando ir: Evite o verão, é o período de chuvas fortes e pode até mesmo causar enchentes. Vá de Maio à Setembro.
Onde Fica: o aeroporto mais próximo é o de Goiânia, que fica a 142km de distância.
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Santa Cruz Cabrália – Bahia
Santa Cruz Cabrália nos remete a época da chegada dos portugueses ao que viria a ser o Brasil, ela está situada na chamada “Costa do Descobrimento”. E por falar em costa, cultura e história também combinam com praia, ainda mais se fizer parte desse nosso nordeste maravilhoso. O meio mais fácil de se chegar é pelo aeroporto de Porto Seguro, sendo somente 25km de distância até a cidade. E, claro, pode já combinar Santa Cruz de Cabrália com uma visita a Porto Seguro e Arraial D’Ajuda, outros destinos maravilhosos. A região tem um peso muito grande na nossa história, tendo a disputa de qual cidade foi a primeira em que Cabral desembarcou, ninguém sabe ao certo o local. O que se sabe com mais certeza, devido aos registros, é que foi em Cabrália que foram realizadas as duas primeiras missas no Brasil.
Santa Cruz de Cabrália fica muito próxima de reservas indígineas, construções históricas e belas praias da região de Porto Seguro.
Fotos: Marcio Filho/MTur
Na chamada parte alta da cidade encontra-se a cidade histórica, com arquitetura dos séculos XVII e XVIII. A igreja matriz é considerada uma das construções mais antigas do país! No meio de tanto patrimônio histórico a cidade fica ainda mais bela aos olhos ao mesclar esse pedaço de história com o mar da Bahia, com suas águas quentes e belas, ao fundo. E, ainda há o Museu Indígena onde os costumes e histórias dos índios Pataxós são retratados, que apesar de ser um local simples, contam mais uma parte da nossa história e cultura. Por fim, não deixe de conhecer algumas das praias mais belas da região que ainda pouco conhecida trás belezas naturais de encher os olhos, como a Praia da Coroa Vermelha.
Quando ir: Evite ir de Junho a Agosto, período de fortes chuvas na região.
Onde fica: apenas 25km de distância de Porto Seguro.
Já deu para perceber que o Brasil reserva destinos incríveis e verdadeiros tesouros da nossa cultra e história, não é? Então que tal começar a planejar a sua próxima viagem para conhecer um pouco mais das belezas que temos por aqui?
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