Sobre Bate volta até Alcântara
Já foi uma das mais ricas cidades do Maranhão nos séculos XVIII e XIX. Resquícios desse passado glorioso são vistos em sobrados coloniais cobertos por azulejos portugueses, em ruínas de prédios históricos, palacetes e afins. Tem um conjunto arquitetônico mais bem preservado que o da capital, e até as ruínas são imponentes e tem sua presença. É conhecida também como "cidade que parou no tempo", e não é por menos, são 300 construções coloniais. Vale conhecer esse pedacinho histórico e pitoresco num bate e volta de São Luís! Obs: aqui a siesta é levada à sério, então se prepare para fazer tudo bem de manhã!
Instruções para chegar: A melhor forma é de barco. De carro são 8 h de viagem! Mas atenção, prepare-se pois o barco balança bastante, então se você enjoa fácil, leve seu remédio pra enjoo! No Cais de Praia Grande, em frente à Casa do Maranhão, saem os barcos para Alcântara. Os horários de saída dos barcos variam de acordo com a maré do dia. Ideal é verificar com as companhias os horários diretamente nos guichês do Cais. Não é necessário comprar com antecedência, basta chegar no dia cerca de 30 minutos antes do embarque para adquirir sua passagem. Já deixe comprada a volta e, ao chegar ao terminal hidroviário de Alcântara, reconfirme o horário da volta. Uma das companhias que operam lá é a Iate Luzitania, você pode consultar horários e entrar em contato por whatsapp - https://www.iateluzitana.com/horarios (Tel: (98) 98869-1062/Tel: (98) 99188-6036). São cerca de 1h30 de viagem pelos 20km de mar que separam as duas cidades. O preço é a partir de R$15,00 cada trecho.
O que visitar: O ideal seria pernoitar por aqui, mas isso não quer dizer que não dá pra conhecer e curtir o clima dessa cidade gostosa! Uma dica é passar pelo Centro de Informações Turísticas perto do Porto Jacaré, na chegada, onde você pode adquirir um mapa (R$7) e até encontrar um guia, caso queira!
1. Passeio pelo centro e suas ruas com casarões coloniais: ruas de paralelepípedo nessa cidade que é mais antiga que São Luís, com palacetes coloniais (casas bem maiores com muitas janelas e dois andares) e casinhas mais simples, transpirando história. Passe pela Fonte de Pedras datada de 1714 e tome sua água, vá até a Praça do Pelourinho (ou Praça da Matriz) com um pelourinho construído em 1648, além das ruínas da igreja matriz, onde também fica o Museu Histórico de Alcântara (com azulejos portugueses azuis e brancos, custa R$2,00 a entrada e está toda mobiliada conforme à época e vale pela excelente visita guiada. terça à domingo das 09:00 às 14:00), a Prefeitura de Alcântara (antiga cadeia, possibilita a entrada, suba ao 2o andar para ver a bela vista da praça de suas janelas).
2. Ruínas: na cidade toda tem muitas ruínas e elas são um charme à parte! Segundo contam os locais, muitas dessas ruínas são obras inacabadas, que estavam sendo feitas para a visita do Imperador Dom Pedro. Entretanto, com a proclamação da República, o plano foi abandonado - assim como as construções. As ruínas são lindas e incrivelmente fotogênicas - algumas tomadas por vegetação - e ótimo ponto para fotos!
3. Igreja Nossa Senhora do Carmo: também da época colonial (R$2 - entrada), o revestimento de azulejos portugueses internamente, além dos túmulos de personalidades importantes em seu interior, além dos anjos "castrados" no altar (reza a lenda que foi um padre que achava aquilo indecente!), dão o tom pitoresco do local. A torre do sino tem uma vista inacreditável da cidade e suas ruínas, mas cuidado que a escada não está lá em boas condições.
4. Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos: logo ao lado da Nossa Senhora do Carmo, é menor, bem mais simplória, e é dedicada a São Benedito, um santo negro. Na época da colônia, essa igreja era reservada aos negros. Seu Benedito, que fica por ali cuidando da Igreja, é uma ótima pessoa para pedir para contar a história do local com carinho :) (ps: ele toca tambor-de-crioula!).
5. A rua da amargura: os ricos barões moravam por aqui, local em que ficam o Palácio Negro (antigo mercado de escravos), os palacetes dos Barões de Pindaré, de São Bento, de Mearim e de Grajaú; e a Casa do Imperador. Algumas lendas atribuem seu nome ao fato de que os escravos passavam por aqui para serem castigados, enquanto outros dizem que ali era o local em que as mães despediam dos filhos que embarcavam para estudar em Lisboa.
6. Ermida de Nossa Senhora do Desterro: a vista imperdível da Ilha do Livramento e o sino são os motivos maiores para essa parada. Segundo a tradição, visitantes devem fazer um pedido e em seguida fazer o sino soar por três vezes.
7. Doce de espécie: esse doce, chamado também de acepipe, é uma herança lusitana, feita com coco. É uma delícia e vale provar!
Curiosidade final: sabia que em Alcântara tem uma base de lançamento de foguetes? Construída na época da Guerra Fria, era parte do programa brasileiro nessa área, funcionando até hoje, mas sem lançamentos. Não pode ser visitada.
Onde comer:
1. Restaurante Cantaria: peça o delicioso peixe na telha com camarão ao molho com três tipos de arroz (branco, vermelho e cuxá). Rua Pequena.Todos os dias das 8h às 18h.
2. Bela Vista: bela vista, realmente faz jus ao nome. Um tanto fora de mão se está à pé, mas tem uma boa comida com gosto caseiro. Fica na Vila Jericó, número 5. Telefone: (98) 3337-1569
3. Sítio Tijupá: ambiente rústico, com redes para descansar, com boa comida com bom atendimento, com preços justos. Rua de baixo, 5. Tel: (98) 98131-1575
Se preferir, faça o passeio compartilhado com o pessoal da ETS de ter-domingo às 7h, com duração de 6h - contate o time instaviagem para realizar sua reserva.
COVID Report: o funcionamento dos estabelecimentos pode variar bastante com a pandemia. Recomendamos fechar o passeio com a Easy Travel Shop ou outros receptivos locais.